Vida e obra de um dos pais da geotecnia brasileira

Um sorriso discreto emoldura o rosto de Milton Vargas quando ele começa a contar a sua história. Noventa e cinco anos. Uma vida dedicada à engenharia. Uma vocação que começou a germinar ainda na infância, já que o menino Milton viveu entre obras de engenharia, acompanhando a família. Nessa época, uma de suas brincadeiras preferidas era construir barragens. Mais tarde, foi um dos primeiros a estudar os solos residuais brasileiros. Tem como lema de vida um provérbio chinês. “A sabedoria vem das mãos”, costuma dizer o engenheiro que apresentou os solos de seu país a um dos principais nomes da geotecnia mundial – Karl von Terzaghi. Com quase um século de vida, Vargas viveu três grandes paixões – a Engenharia, a Filosofia e a Literatura. Instado a apontar a mais importante, ele tem a resposta na ponta da língua. “A engenharia, sem dúvida. Sou um engenheiro antes de qualquer coisa”. A ABMS faz aqui uma homenagem ao seu fundador e primeiro presidente, apresentando uma síntese de sua rica e insubstituível trajetória.



Uma imensa curiosidade científica e uma irrefreável vontade de entender o solo do seu próprio país – cujas características não correspondiam exatamente às apresentadas nos estudos e técnicas conhecidos até então. Movido por esse desafio, Milton Vargas recorreu à principal fonte criadora e disseminadora de conhecimento na área de mecânica dos solos à época – a Universidade Harvard nos Estados Unidos, na qual brilhavam os professores Karl von Terzaghi e Arthur Casagrande.

Vargas não chegou a Harvard de mãos vazias. Levou a experiência e o conhecimento adquiridos sobre solos tropicais nas sondagens que realizou no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). Ele foi um dos primeiros engenheiros a explicar a diferença entre os solos tropicais, do Brasil, e os solos sedimentares, descritos pela literatura técnica à época. Aos 95 anos, Vargas é protagonista de grande parte da história da geotecnia brasileira, que completa 60 anos em 2010. E é considerado por muitos de seus discípulos como o “pai da geotecnia” no país.

Pioneiro das sondagens em obras de fundações, Vargas iniciou sua carreira no IPT, em 1938, aos 24 anos. Na época, era aluno de engenharia elétrica da Escola Politécnica de São Paulo. A escolha do curso foi consequência de vivências infantis. O pai, Abel Vargas, médico infectologista, trabalhava para a Light. A família morava e acompanhava as obras e barragens da companhia. Milton nasceu em Niterói (RJ), na casa dos avós, em 1914. A mãe, Magdalena R. Vargas, foi para Niterói para ter o bebê e logo retornou para a primeira casa de Milton – na Usina Hidrelétrica de Ribeirão das Lajes, em Rio Claro (RJ).

A sabedoria veio das mãos logo cedo para Milton Vargas. O futuro engenheiro passou a infância em obras de barragens. Na brincadeira que dividia com os filhos dos engenheiros que trabalhavam na empresa, o pequeno Milton já projetava e construía suas primeiras obras. A época rendeu a Vargas lembranças que já apontavam para um futuro de sucesso. “Brincávamos muito de construir barragens. Lembro-me de uma vez que vieram desmanchar nossa barragem porque ela estava incomodando. Ela estava tão bem feita que estava barrando de verdade”.

O gosto pela engenharia veio cedo. Mesmo com o pai médico, Vargas não teve dúvidas sobre o que mais lhe chamava a atenção. “Crescer rodeado de engenheiros e de obras trouxe o gosto pela engenharia e não pela medicina”, revela. “Eu estava muito mais interessado pelas obras do que pela medicina que meu pai fazia”.

A engenharia

Engenharia foi a escolha. Mais especificamente, a elétrica. Milton Vargas concluiu o primeiro curso em 1938, quando entrou para o IPT. O destino foi a Seção de Solos e Fundações do Instituto. “Entrei no IPT porque formaram a equipe de geofísica, e eu fazia engenharia elétrica, sabia de fenômenos elétricos”.

Do primeiro emprego, veio também a primeira de muitas contribuições que ele traria para a engenharia. “Quando estava no IPT, o chefe da seção me deu a incumbência de sondar o terreno”. E Milton não só fez a sondagem como inaugurou essa técnica para obras de engenharia civil no país. Com a publicação do primeiro artigo sobre o assunto, o engenheiro iniciou a disseminação da sondagem, antes restrita às obras de mineração. “A sondagem se expandiu de tal maneira que em certo momento eu tinha a impressão de que quem mantinha o IPT era a sondagem”.

O contato com o solo conduziu Vargas para outra especialidade – a engenharia civil. “O mercado da engenharia estava tomado pelos engenheiros civis: resolvi cursar também civil”. Em 1942, Milton estava formado em engenharia civil e continuava trabalhando no Instituto de Pesquisas Tecnológicas, do qual foi assistente aluno, engenheiro auxiliar e chefe da Seção de Solos e Fundações, de 1938 a 1952.

Solos. Mecânica dos Solos. Intrigava o jovem engenheiro a diferença entre os solos com os quais tinha contato para realizar suas sondagens e os solos descritos nos livros e artigos de grandes nomes da geotecnia mundial. O solo brasileiro era diferente do solo de regiões de clima temperado descrito pelos autores estrangeiros. O Brasil ainda não oferecia literatura específica.

Harvard

Vargas foi buscar respostas na origem do estudo de mecânica dos solos. Em 1946, aos 32 anos, foi para Universidade Harvard, nos Estados Unidos, cursar pós-graduação com Karl von Terzaghi e Arthur Casagrande – os dois principais nomes da mecânica dos solos no mundo à época. O curso não lhe rendeu conhecimentos específicos sobre o tipo de solo de seu país. As características apresentadas pela teoria proposta no curso tratavam dos solos sedimentares, conhecidos pelos autores.

Os professores não faziam referência ao solo instável do Brasil, que seria chamado solo residual. “Eles se interessavam muito pelas argilas de Boston. Eu já sabia que o solo brasileiro era diferente. Quando fui para os Estados Unidos, foi uma das primeiras vezes que se falou nesses nossos solos residuais”.

Mesmo não tratando dos solos brasileiros, Milton considera que a pós-graduação em Harvard lhe ensinou muito sobre mecânica dos solos. “Tudo que sei de mecânica dos solos devo a eles. Terzaghi era um ótimo professor, mas devo principalmente ao Casagrande, o melhor professor que já tive”.

O engenheiro foi para Harvard com uma dúvida e voltou para o Brasil com um visitante ilustre. Terzaghi veio conhecer os tais “solos residuais”, dos quais Milton tanto falava. Foi em uma obra da rua da Consolação, em São Paulo, que o brasileiro apresentou ao pai da geotecnia um tipo de solo que ele desconhecia. “A expressão do rosto de Terzaghi mostrou que ele estava vendo algo pela primeira vez”, lembra Milton.

“Quando eu comentava sobre a diferença do solo durante as aulas, Terzaghi se interessava, mas o rosto dele ao tocar o nosso solo dispensou qualquer comentário. Sim, ele estava surpreso. Sim, nós tínhamos um solo diferente. Eles estavam muito acostumados com a argila sedimentar de Boston, mas nunca tinham visto solos tropicais”.

A carreira

O conhecimento de Vargas em Mecânica dos Solos e sondagens lhe rendeu, ainda jovem, convites e participações em obras importantes. Uma delas foi a sondagem do trecho ferroviário que liga Corumbá (MS) a Cochabamba, na Bolívia, no chamado ‘Trem da Morte’. “Procuraram o IPT para montar equipe que fosse para a Bolívia”.

Essa oportunidade significou para Vargas a possibilidade de se casar com Maria Helena. Depois dos oito meses passados na Bolívia, Vargas voltou e pode buscar a moça que o esperava na cidade de Itatiba, interior de São Paulo, já com o enxoval pronto. “O chefe da seção do IPT me indicou, fiquei muito feliz porque poderia receber o dinheiro que faltava para me casar. Na época, o ordenado significou um bom dinheiro. Pude voltar e buscar Maria Helena no interior”.

O início de carreira de Milton foi bastante ocupado pelas sondagens, época que costuma descrever como fonte de grande parte do conhecimento que absorveu durante a vida. “A sabedoria vem das mãos”, destaca o engenheiro com o uso do provérbio chinês. “Trabalhando diretamente na obra, em contato com o dia-a-dia do solo, aprendi muito”.

A vida profissional de Milton Vargas envolveu obras de perfis variados. De desafios geotécnicos como recalques em prédios da cidade de Santos (SP) que, por conta da construção sobre solos de baixa qualidade, corriam o risco de cair, até obras de importância nacional como a Usina Hidrelétrica de Itaipu. Com a prática de sondagem, Milton participou também de projetos como a construção da Rodovia Anchieta, que liga São Paulo a Santos.

A criação da ABMS

Vargas ocupava o cargo de Chefe de Seção do IPT quando surgiu a ideia de reunir os profissionais de engenharia geotécnica do Brasil. Unidos pela vontade de oficializar a mecânica de solos no país, os engenheiros fundaram a primeira associação de mecânica dos solos brasileira.

“Com a ajuda de algumas pessoas do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul formamos a Associação Brasileira de Mecânica dos Solos, a ABMS”.

A ideia surgiu de uma conversa entre profissionais que tinham em comum o gosto pela mecânica dos solos, como lembra Vargas. “Casemiro J. Munarski, Antônio Costa Nunes, Francisco Pacheco Silva, Antônio Nápoles Neto e eu participamos juntos da criação da entidade”, afirma. “Discutíamos muito pouco, trabalhávamos muito”. Nascia assim, em 21 de julho de 1950, a ABMS. Entre 1950 e 1952, Milton foi o primeiro presidente da entidade.

Em 1952 Milton deixou o cargo que ocupava no Instituto de Pesquisas Tecnológicas para dedicar parte de seu tempo ao ofício de lecionar. O engenheiro venceu o concurso de provas e títulos e se tornou Professor Catedrático da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. “Foi um concurso bastante complicado, mas valeu a pena. Ensinar é uma experiência muito boa”.

De personagem importante da sondagem no Brasil, Vargas se tornou consultor. O engenheiro lecionava parte do dia e, em outra parte, se dedicava a assessorar obras e projetos de empresas como a Cherp (Centrais Elétricas do Rio Pardo).
As barragens de Milton Vargas

Depois de formado, a história de Milton retorna ao motivo da escolha da profissão – as barragens. Como consultor, atividade que ocupou grande parte de sua carreira, Milton trabalhou em projetos como a construção da barragem de Graminha, em 1958, na usina conhecida hoje como Caconde.O engenheiro consultor prestava serviços também para outras empresas de energia elétrica do estado de São Paulo, posteriormente incorporadas à Cesp.

A criação das Themag

Em 1961, Milton foi “convocado”, como costuma dizer, a formar, com outros quatro engenheiros, uma empresa que reunisse a capacidade técnica para projetar grandes obras. A convocação partiu da Celusa (Centrais Elétricas de Urubupungá S/A) e o motivo era fazer com que brasileiros projetassem e construíssem as hidrelétricas do país. O projeto do momento era a construção das barragens de Urubupungá e Ilha Solteira. Vargas aceitou o desafio. Em conjunto com Telemaco Van Langendonck, Henrique Herweg, Yves Eugene Josquin e Alberto Giaroli cria a Themag Engenharia. “Souza Dias, engenheiro-chefe da Celusa, praticamente exigiu a formação deste grupo para não contratar gente de fora”.

“Nessa época almocei com um americano que não entendia o motivo de não contratarem engenheiros de fora do país para dar conta das obras. O engenheiro-chefe respondeu que, contratando brasileiros, teria engenheiros 100% voltados para a sua obra”.

 

Como sócio-fundador e consultor da Themag, Vargas esteve no centro da construção de obras de grande importância para o país. As Usinas Hidrelétricas de Tucurui, Paulo Afonso, Itaipu, Porto Primavera e Ilha Grande foram algumas das que tiveram os traços do engenheiro em seus projetos. Como diretor da Themag, Vargas prestou serviço para empresas como Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), Fepasa (Ferrovia Paulista S/A) e Eletronorte (Centrais Elétricas do Norte do Brasil). Na foto acima, Milton Vargas é o terceiro da direita para a esquerda. A foto é de 1985 e Milton divide a cena com outros engenheiros e com a filha, a geóloga Mariana Vargas (à direita). Os profissionais estão em uma obra ferroviária da Fepasa.

As páginas de Milton

Ao longo dos anos de exercício da engenharia, o executor de sondagens, consultor e professor Milton Vargas publicou artigos de destaque em assuntos diversos da geotecnia. Em outubro de 1948, a Revista Politécnica leva em suas páginas “A Exploração do subsolo para fins de Estudo de Fundações”. No ano seguinte, Milton estampa mais uma vez nas laudas da revista um artigo, desta vez sobre a “Teoria dos Drenos Verticais de Areia”. A publicação volta a trazer os estudos de Milton em fevereiro de 1950 – “Observações sobre recalques de Edifícios em São Paulo”.

Para concorrer à cadeira da Escola Politécnica, em 1952, Vargas defendeu a tese “Resistência e Compressibilidade de Argilas Residuais”. No ano seguinte, participou da 3ª Conferência de Mecânica dos Solos e Fundações, em Zurique, na Suíça. Na ocasião, o professor apresentou trabalho com o título “Algumas propriedades de solos residuais argilosos encontrados ao Sul do Brasil”.

 

Levar ao mundo estudos e pesquisas sobre os solos brasileiros foi uma prática constante do engenheiro, que publicou mais de 140 trabalhos. Entre 1978 e 1981, o artigo “Uma experiência Brasileira em Fundações por Estacas” foi publicado em três edições da revista portuguesa Geotecnica, de Lisboa. A tentativa de fazer com que o mundo soubesse das particularidades dos solos de seu país o levou para a organização e participação do 1º Congresso Internacional de Solos Tropicais, realizado em Brasília, em 1985. No encontro, coube a Milton falar sobre “O conceito dos Solos Tropicais”.

Além de retratar a mecânica de solos, Milton continuava atuando no dia-a-dia da genotecnia. Na foto ao lado, Milton acompanha, de perto, as obras do Metrô de São Paulo, em 1984. Na década de 90, duas importantes publicações colocaram em evidência os estudos do engenheiro. A revista “Instituto da Engenharia” trouxe, em 1994, “A História da Construção Hidroelétrica no Brasil”.

A filosofia

A segunda publicação da década de 90 trazia à tona uma antiga paixão do engenheiro – a Filosofia. Em 1997, os pensamentos de Milton ilustram as páginas da Revista Brasileira da Filosofia com artigo o artigo “História da Matematização da Natureza”. Os pensamentos de Milton foram reunidos, por ele, no livro “Para uma filosofia da tecnologia”.

Em 1951, participou da fundação do Instituto Brasileiro de Filosofia, no qual, desde o primeiro artigo “O valor e a origem da ciência moderna”, dedicou-se à Filosofia da Ciência e Tecnologia. Milton unia a paixão pela filosofia ao dom da ciência. Desde a fundação do Instituto, ministrou cursos sobre Filosofia associada à História da Ciência.

Publicou uma série de artigos na Revista Brasileira da Filosofia. A aliança parecia cada vez mais consolidada. Entre 1963 e 1967, o engenheiro foi encarregado das aulas de Filosofia e Evolução da Ciência, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Nessa época, Vargas levou a experiência para as páginas do livro “História da Ciência e da Tecnologia no Brasil”.

De abril de 1976 a outubro de 1984, os pensamentos do mestre ganharam espaço nas páginas do jornal Folha de São Paulo. Noventa e cinco crônicas sobre aspectos da realidade sócio-econômica do país e reflexões filosóficas da América Latina foram publicadas sob sua autoria na sessão “Tendências e Debates” do jornal.

Em 1981, Milton publica o livro “Verdade e Ciência”. Com o intuito de reunir as ideias da evolução da ciência desde a teoria grega até a revolução de Galileu Galilei, o professor cria um debate sobre a mudança do critério de verdade, que a partir da ciência moderna é radicalmente diferenciado do conceito anterior.

Contar a história da ciência era uma das atividades preferidas de Milton. Em 1983, aos 69 anos, o professor fundou em conjunto com Simão Mathias, Shozo Motoyama e Ubiratan Dambrósio (também professores da USP) a Sociedade Brasileira de História e Ciência. Ainda aos 90 anos, Milton era membro atuante do Centro Interdisciplinar de História da Ciência e da Tecnologia, da Universidade de São Paulo.

A literatura

Além da Filosofia, o amor pela literatura também teve espaço na vida do engenheiro. Em 1989, foi eleito para a Academia Paulista de Letras, da qual participa com publicações na revista da instituição e também na revista da Academia Brasileira de Letras. Dessa época vem seu terceiro livro – “Poesia e Verdade”. Obra que reúne ensaios críticos filosóficos e literários publicados anteriormente.

Aos 70 anos, Milton aposentou-se da função de professor. Quatro anos depois recebeu o título de Professor Emérito da Escola Politécnica. Durante os últimos anos como professor da Universidade de São Paulo, Milton ministrou cursos de pós-graduação. A matéria lecionada por ele era “Metodologia da Pesquisa Tecnológica”, grande razão da publicação de seu livro de mesmo nome, em 1985.

O reconhecimento

O primeiro livro publicado pelo professor foi a “Introdução à Mecânica dos Solos”, no início de sua carreira como professor. Contar a história da mecânica dos solos para alunos iniciantes no assunto rendeu ao professor os prêmios Jabuti e Roberto Simonsen, de 1978.

A estatueta do Jabuti, o mais importante prêmio literário do Brasil, é o preferido dentre os nove recebidos pelo menino que nasceu entre obras de barragens e levou para o mundo as particularidades do solo de seu país. “O Jabuti é um prêmio importante e este ano ele foi dado a mim”, declara Milton um tanto constrangido. A modéstia é companheira frequente das conversas com o professor.

A estante da biblioteca de Milton Vargas expõe ainda os “Prêmio Terzaghi”, da ABMS, recebido em 1966 e 1998, as medalhas de ouro por melhores trabalhos apresentados ao Instituto da Engenharia (1972 e 1986), o prêmio “Engenheiro do Ano”, do Instituto de Engenharia (1989) e o prêmio “Professor do Ano”, pela Associação de Antigos Alunos da Poli (1997).

Ao lado das medalhas, placas e estatuetas, o reconhecimento que Milton recebeu ao longo da vida é também retratado pela “Comenda da Ordem de Mérito Científico em Engenharia”, outorgado pelo Presidente da República, em 1985 e o prêmio português “Manuel Rocha”, de 1992.

Seis livros, 140 artigos, nove prêmios, dezenas de obras. Noventa e cinco anos. Quase um século dedicado ao exercício de três paixões – a Engenharia, a Filosofia e a Literatura. Questionado sobre a maior paixão, Milton tem a resposta na ponta da língua. “A engenharia, sem dúvida. Sou um engenheiro antes de qualquer coisa”.

A resposta do pai da geotecnia brasileira é dada com um sorriso. O sorriso de quem cumpriu mais que o proposto. Mais do que entender o solo de seu país, Vargas disseminou esse conhecimento para fora do território brasileiro. Ao contar a sua história, Vargas conta também a história da Mecânica dos Solos Brasileiros e sorri.

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